Não há outra via para a conscientização de um indivíduo não envolvido em lutas de classes abertas senão o incentivo à formação política com base em obras teóricas, principalmente as de debate histórico. A memória histórica aparenta ser o principal catalisador do afastamento das massas do ideal socialista, muito mais do que qualquer visão sociológica, antropológica ou económica com que se possa defender primariamente. Apesar da óbvia influência da ideologia dominante em todos estes campos, a História sai mais prejudicada devido à impossibilidade da observação empírica espontânea que ocorre em outras ciências.
Assim, deve ser prioritária a aposta orgânica em mecanismos culturais de divulgação destes conteúdos, fazendo uso de todas as formas de marketing ao alcance destas organizações.
Como movimento de vanguarda, o comunismo nunca se pode afastar dos novos meios de comunicação, tanto a nível de utilização como de forma de utilização, sendo necessária a sua adaptação célere ao género de engajamento em voga e uma compreensão clara das idiossincrasias destas ferramentas.