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Crítica a René

Quem sou eu para decidir o que escrevo? Quem me fez dono das minhas mãos ou responsável pelas minhas ações? Sou eu invasor deste corpo e dos seus pensamentos? Serão estas dúvidas de facto as minhas dúvidas, ou as de um objeto que se diz ser eu quando na verdade nem ser se pode ser?

Onde queremos nós chegar com este apuramento, com estas dúvidas que não chegam a nenhum lugar? Quando nos aperceberemos do ridículo que é peneirar conceitos humanos de construção linguística a posteriori à procura… de quê, de ouro? De uma verdade incontornável que vos oriente e que vos permita orientar os outros? Ah, podem-vos tirar tudo o que de mais certo há, desde que não vos tirem a glória de dizer o que está certo, que, em suma, e sem querer desapontar ninguém, é exatamente o que era certo antes de vós.

Sois ridículos, todos. Todos os que fazem isto são ridículos, todos os que respiram são ridículos, todos os que vivem são ridículos, tudo o que existe… Tudo o que existe existe e nada posso fazer contra isso. Infelizmente. Infelizmente a perfeição pela qual anseio não existe, pois, como sabem, encontra-se exatamente no inexistir. E, infelizmente, o inexistir existe, pelo simples facto da existência, conceito de construção linguística a posteriori, indubitavelmente existir.

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