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Preciso, mas não posso

Estranhem O Deus. Seja ele qual for, com as ações, implicações que tenha. Não estamos cá para isso. Não viemos a este mundo para louvar um outro ou alguma coisa que como coisa se apresente. Isso devia ser tão evidente, a raiva devia ser tão natural… Exatamente porque recusa, recusa o recusar, auto-recusa-se, não importa, nada importa, tudo importa, não interessa, o que é interessar… Fujam, fujam, fujam. A passadas largas até ninguém vos encontrar.

Lembram-se quando jogavam às escondidas? Lembras-te, Ricardo Manuel? Então não se lembra. De quando se sabia expressar, de quando cada palavra não era uma palavra a mais, ainda distante de todas as palavras que deve alcançar. De quando as pessoas significavam, os significados significavam, havia razão, e a razão escondia-se atrás dos livros que a afirmam.

O Ricardo Manuel não se lembra de nada disso, está preocupado com o Twitter o @Richardnãomeperguntes. Mas não me perguntes o quê, Ricardo? O que não te queres que pergunte à tua pessoa, Manuel? Tem que se complicar, tudo tem que se complicar (repetir de outra forma para soar ainda melhor), tudo o criador dos céus que se dividem em camadas compostas por diferentes composições de gases e diferentes variações de temperaturas e da terra reclamada pelos sionistas que afinal era ocupada por palestinianos decidiu complicar.

Ricardo, não quero que leias. Nem sei que raio de vocativo é este. Talvez servisse de apoio, de linha, mas linha para quê? Para quê se a cada corte a sinceridade chora e faz chorar.

Não me lembro de muita gente a chorar. Não somos povo de choro, não somos uma geração taciturna. Somos a malta que vai partir tudo e deprimir sobre os graus aumentados. A ampulheta caiu, a ampulheta partiu-se e este é um texto de um alguém que não sabe escrever. Garanto-vos que há sentido nisto tudo. “O caos é uma ordem por decifrar.” Não é, Saramago que eu estou a transcrever de cor e não vou verificar? Este Saramago é porreiro. Acho as pessoas porreiras, no geral.

Por exemplo, deem-me um exemplo de uma pessoa que não seja porreira. O Ricardo Manuel? Não… o Ricardo não é uma pessoa, o Ricardo não é uma pessoa com o segundo nome de Manuel. Quem define isto tudo? Sou eu. Quem definiu as palavras? Fui eu. Quem me criou? Foi um Deus, louvado seja.

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